Thursday 18 February 2010

defendo os opressores


defendo os opressores, como um relâmpago de consciência fácil e provocadora. adoro os afáveis conteúdos, completos e espacial mente corruptos. outrora deito-me nos panos mais desleixados do canto obscuro e danço. para dizer ao mundo uma palavra de ordem. revolução. basta de existencialismos, basta de meias palavras, basta de encobrir a miséria com pormenores elaborados. entrando na casa deixada ao abandono, persigo sem memória o tempo vasto das sombras. os dias sem ti. o rosto obscuro, das entranhas presentes. cada perseguição uma entrada no perfeito calvário. uma palavra um sonho desfeito, mas a realidade não é só isto. é um encontro, um olhar perfeito e cheio, uma ida até aos céus, um encontro surpresa, nas manhãs deleitosas de domingo. cada dia é um mágico cardápio. sem perceber, cada mulher, é um par de sorrisos sem face. é mais tarde, já bem noite, os bichos saem e mordem, como uma criança com os primeiros dentes. porto_23.11.2008

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