Friday 5 February 2010

mostra-me o teu seio


mostra-me o teu seio, disse-me um amigo. amanhã darei o presente merecido, mas primeiro terás de mostrar o teu seio, outra vez. conversas de hotel, já de madrugada, depois do espírito se ter transformado numa amálgama de emoções, sem medo.
confiante, mostrei-lhe o meu sei. rápido mas convincente, este seio que carrego desde sempre no meu peito, mostrou-se tímido, mas confiante. cada noite trás no meu seio um livro, cada palavra um seio, sem leite ou sangue. no centro das palavras a âmago do corpo. cada linha, cada letra o seu correspondente mais chegado. aconchego meu seio no leito lavado e com cheiro a hotel despersonalizado, hoje como ontem, durmo só. cada olhar um lento balançar do peito. para dizer chega, basta abrir e cerrar os lábios. wismar_02_08_2008

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